O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta quarta-feira (9) que suas tropas deram início a uma ofensiva militar no nordeste da Síria.
Ele afirmou que os alvos da operação Fonte de Paz são a milícia curda Unidades de Proteção do Povo (YPG), acusada de ter vínculo com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), e o Estado Islâmico. Forças lideradas pela YPG foram aliadas dos Estados Unidos no combate ao grupo terrorista durante a guerra na Síria.
De acordo com as Forças Democráticas Sírias (FDS), constituídas por uma aliança de combatentes curdos e árabes, aviões bombardearam áreas com civis e provocaram "enorme pânico entre as pessoas". As FDS, que estão no controle da região, informaram que dois civis morreram.
A mídia estatal síria e uma autoridade curda disseram que o ataque atingiu a cidade de Ras al-Ain, perto da fronteira com a Turquia.
O objetivo da ação, segundo Erdogan, é estabelecer uma "zona de segurança" no nordeste da Síria. Turquia pretende criar uma "zona livre" na fronteira com a Síria, onde se concentram as forças curdas. O governo de Erdogan alega que a milícia curda YPG, presente nessa região, atua de forma terrorista e está por trás de ataques em território turco ligados ao PKK.
O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, informou que milhares de pessoas deixaram a região das aldeias de Ras al-Ain e Tal Abyad. Eles se deslocaram para áreas adjacentes poupadas pelos ataques.
Na segunda-feira, a TV síria havia registrado ataques a bomba atribuídos a militares turcos contra alvos curdos. Entretanto, a Turquia não confirmou essa suposta primeira ofensiva.
G1